Quantas vezes no decorrer das nossas incursões fotográficas pela natureza não nos deparamos com situações como a que ilustra esta foto?

Considero que nós fotógrafos da natureza, viagens e atividades ao ar livre somos uns privilegiados! Pelos locais que conhecemos, às horas em que os conhecemos, diante dos nossos olhos desenvolvem-se paisagens, acontecimentos, ações que a maior parte das pessoas não terá nunca oportunidade ao longo da sua vida de presenciar, de viver.

Muitas vezes me interrogam: "O que te leva a fotografares de forma intensa?" Algumas vezes tenho refletido sobre o assunto e nem sempre chego às mesmas conclusões, porém existem algumas que são sempre coincidentes.

Pensando bem até nem fotografo há assim tanto tempo mas a partir do momento em que comecei a fotografar vários dos meus sonhos se começaram a concretizar: conheci pessoas, povos e culturas, comecei finalmente a viajar e a conhecer o meu país, o meu continente e o mundo. Depois de ter realizado alguns aspetos pessoais, começou dentro de mim a formar-se uma questão: "e agora?"

Já tínhamos lido em várias revistas e em vários relatos que o povo Marroquino é considerado o povo mais acolhedor e amistoso do mundo. Em todas as expedições que fizemos ao reino de Marrocos, sempre foi essa a ideia com que ficámos: os marroquinos sabem e querem bem receber.

Dei por mim há uns anos a interrogar-me sobre o que deixo num local quando o visito. Normalmente em viagem recebe-se muito mais do que se dá.